Construindo uma Organização que Aprende: Capacitação em Ciência de Dados para a SEGER no Espírito Santo

Este mês, iniciamos na SEGER – Secretaria de Gestão e Recursos Humanos do Espírito Santo uma especialização para 30 servidores em Ciência de Dados, trabalhando com uma das melhores e mais reconhecida plataforma para análise de dados.

Ser uma organização que aprende por meio dos dados, requer primeiro que os servidores adquiram uma nova competência. A capacitação faz parte do processo de reaprendizado. O fato de comprar os direitos de uso de um software não instala a habilidade nas pessoas.

Peter Senge em seu icônico livro “A Quinta Disciplina afirma que a aprendizagem individual não garante a aprendizagem organizacional, entretanto, sem ela, não há aprendizagem organizacional. É preciso, que a liderança reconheça e esteja comprometida com a aprendizagem na organização. Neste contexto, aprender uma nova habilidade significa expandir a capacidade de produzir resultados que realmente as pessoas esperam.


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O compromisso com o crescimento das pessoas, adotado pelas lideranças da SEGER e do Governo do Estado faz parte de um processo. Um momento crucial na evolução de uma organização ocorre quando os líderes assumem que seus colaboradores precisam também vencer o status quo.

Sem aprender algo novo, as empresas tendem a repetir práticas antigas, e sabemos que práticas antigas para novos problemas não são eficazes. Para sobreviver ao século XXI, as organizações devem se esforçar em eliminar as barreiras que impedem o aprendizado e começar a movê-lo para um lugar mais alto na agenda organizacional.

Para David Garvin, uma organização que aprende é habilidosa em criar, adquirir e transferir conhecimento, e em modificar seu comportamento para refletir novos conhecimentos e percepções. Para Garvin, organizações que aprendem são proficientes em cinco atividades principais:

  • resolução sistemática de problemas;
  • experimentação com novas abordagens;
  • aprendizado com sua própria experiência e história passada;
  • aprendizado com as experiências e melhores práticas de outros;
  • transferência de conhecimento de forma rápida e eficiente em toda a organização.

Ao tornar a SEGER uma organização que aprende, o comportamento das pessoas está positivamente associado ao desempenho da equipe. Ao capacitar as pessoas, a organização não só está possibilitando o aprendizado de uma nova habilidade, mas está passando uma mensagem positiva para que as pessoas invistam em conhecimento.

As organizações que aprendem são aquelas que incentivam a curiosidade natural dos indivíduos e promovem um ambiente de aprendizado contínuo, em que as pessoas são recompensadas por aprender e experimentar. Para construir uma organização que aprende, é necessário um novo modelo de liderança, que valorize a participação e a colaboração. As organizações que aprendem não se limitam a se adaptar às mudanças, mas buscam criar oportunidades de crescimento e expansão.

No caso da SEGER, a tomada de decisões baseada em dados leva a um aumento na eficiência operacional, melhora a satisfação do cidadão, e cria uma vantagem competitiva para nós no cenário público. Quando aplicada à inovação, a análise de dados pode ajudar a descobrir novas oportunidades que sejam benéficas para os cidadãos, antecipar tendências futuras e estimular a inovação contínua. Essa abordagem data-driven, pode transformar a maneira como a SEGER serve as pessoas, nos tornando mais responsivo, proativo e alinhado às necessidades e expectativas dos cidadãos.

Sobre o autor

Rodrigo Zambon
Sólida experiência em Metodologias Ágeis e Engenharia de Software, com mais de 15 anos atuando como professor de Scrum e Kanban. No Governo do Estado do Espírito Santo, gerenciou uma variedade de projetos, tanto na área de TI, como em outros setores. Sou cientista de dados formado pela USP e atualmente estou profundamente envolvido na área de dados, desempenhando o papel de DPO (Data Protection Officer) no Governo.
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